Cerimónia do Chá

Cerimónia do chá

Uma arte bem tradicional do Japão... a cerimónia do chá! Não é simplesmente servir chá as visitas... é muito mais que isso como poderão ver...
A cerimónia do chá (chanoyu: 茶会, literalmente, o caminho do chá ) é um sentimento que dificilmente pode ser expresso por palavras.
Foi desenvolvida sob influência do budismo Zen, cujo objectivo é purificar a alma do homem, confundindo-a com a natureza, o povo japonês procura o reconhecimento da verdadeira beleza através modéstia e simplicidade.
Os encontros de chanoyu são chamados de chakai (茶会, encontro para chá). São encontros formais onde para além do chá inclui também uma refeição tradicional (chamada de Kaiseki).
O praticante da Cerimónia do chá precisa ter conhecimento de várias artes tradicionais que fazem parte do Chanoyu (o cultivo e variedades de ervas para o chá, roupas tradicionais, caligrafia, arranjos florais...). Mesmo participando apenas como convidado é preciso ter conhecimeno de gestos e frases pé-defenidos, como comportar-se na sala e até como se servir de chá.

"A cerimônia do chá requer muitos anos de treino... antes de dominar toda esta técnica, cada detalhe, significa mais do que simplesmente servir o chá. É crucial que os movimentos sejam perfeitos, o mais educado, mais gracioso, e usando os bons modos.
Beber chá é um costume introduzido no Japão, no século IX, pelo Monge Budista Eichu, quando regressava de uma visita à China. O chá tornou-se a bebida mais consumida no Japão, e cultivada em seu próprio território.
O costume de beber chá, iniciou-se como uma forma medicinal, era como um luxo, uma vez que era importada da China.
No século XII, surge um novo tipo de chá, o chá verde, trazido por Eisai, outro monje japonês quando regressava da China. Este foi inicialmente utilizado em rituais de Templos Budistas.

No século XIII, já os samurais consumiam esta bebida como uma adaptação do Budismo, com isso o futuro do chá, estava traçado.
Por volta do século XVI, beber o chá tornou-se bastante popular, chegando a atingir todas as camadas sociais.

Sen no Rikyu e Takeno Jo são os responsáveis pelo desenvolvimento e criação da cerimónia do chá, sendo um deles: cada cerimónia de chá é única, e nunca poderá ser reproduzida

Estes costume resistem até hoje.

As regras rigorosas da etiqueta a Cerimónia do chá podem parecer penosas e meticulosas à primeira vista, pois são calculadas minuto a minuto, a fim de obter a maior economia de movimentos. Ao todo a cerimônia consome em média 4 horas.
De uma forma simplificada, a Cerimória consiste no seguinte:

  • a primeira sessão trata-se de uma refeição ligeira denominada kaiseki;
  • o nakadachi (uma pausa breve);
  • Gozairi, a parte principal da cerimônia onde o chá é servido;
  • Ingestão do chá;
    Os utensílios da cerimônia são chamados de dōgu (道具, literalmente “Ferramentas”). São necessários uma grande quantidade de dōgu para uma cerimônia básica. Se fosse para fazer uma lista de todos eles, seria preciso prencher centenas de páginas de livros, com centenas de capítulos. A imagem demonstrada é apenas os itens essenciais:







Geishas


Geishas são um deleite para os olhos, como uma obra de arte viva.
O que mais chama a atenção nas geishas, entretanto, é a beleza de seus gestos e seu modo de falar. Cada movimento delas é estudado para ser estético e parecer delicado.
A palavra geisha significa literalmente "pessoa da arte, artista", e ela foi originalmente usada para designar comediantes e músicos que se apresentavam em banquetes e festas particulares no século XVII. Assim, as primeiras gueixas não foram mulheres, mas homens. Os otoko-geisha (artistas masculinos) eram especializados em entreter pequenas platéias em festas, dançando, cantando contando histórias e piadas. Como os palcos estavam proibidos às mulheres, as festas privadas tornaram-se os únicos lugares onde as mulheres podiam tocar música, dançar e cantar, e assim surgiram as onna-geisha (artistas femininas). 



Origami

Origami (do japonês: 折り紙, de oru, "dobrar", e kami, "papel") é a arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objetos com as dobras geométricas de uma peça de papel, sem cortá-la ou colá-la.
O origami usa apenas um pequeno número de dobras diferentes, que no entanto podem ser combinadas de diversas maneiras, para formar desenhos complexos. Geralmente parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores ou estampas diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel. Ao contrário da crença popular, o origami tradicional japonês, que é praticado desde oPeríodo Edo (1603-1897), frequentemente foi menos rígido com essas convenções, permitindo até mesmo o corte do papel durante a criação do desenho, ou o uso de outras formas de papel que não a quadrada (rectangular, circular, etc.).
Segundo a cultura japonesa, aquele que fizer mil origamis da garça de papel japonesa (Tsuru, "garça") teria um pedido realizado - crença esta popularizada pela história de Sadako Sasaki, vítima da bomba atômica.








Wagasa



A wagasa é a tradicional sombrinha japonesa.
Feitas com ripas de bambu e Washi (papel japonês), protegem do sol e da garoa fina.

Modelos de Wagasa






Leques

Mai ougui


Mai ougui - leque japonês para odori
(dança japonesa)
Estampado em duas faces, próprio para dançar odori.

Modelos de Leques Japonês






Escrita

Arte de escrever


A forma de se escrever no Japão também é bastante peculiar. A escrita é feita da direita para a esquerda (assim como a leitura), ao contrário do modo ocidental de se escrever, que é da esquerda para a direita. As linhas de cadernos e jornais, por exemplo, também ao contrário do modelo ocidental, são verticais. Assim, as linhas são preenchidas com os símbolos da direita para a esquerda e de cima para baixo.
Já os kanjis necessitam de um cuidado especial para serem pintados. Pintados, pois são, na maioria das vezes, escritos com tinta nanquim em papéis especiais. Cada traço deve ser feito em uma ordem correta e a força do pincel no papel também varia. É uma verdadeira arte da escrita.
Ainda hoje os japoneses tentam preservar essas tradições. Apesar de também utilizarem os símbolos romaji em seu dia-a-dia (em fachadas de estabelecimentos e nomes de produtos, por exemplo), o povo japonês ainda mantém costumes milenares de sua cultura e, um deles, é esta forma bela e única do simples ato de escrever.

Alguns exemplos de kanjis


Amuletos

Manekineko

Os significados das patas do Manekineko
Pata esquerda levantada: Atrai uma boa clientela.
Pata direita levantada: Atrai fortuna e sorte.
As duas patas: Também se pode encontrar o Maneki neko com as duas patas levantadas, ou com as quatro patas para cima, mas é bem raro!
Altura da pata: Quanto mais alta a pata for, melhor pois atrai com mais força.
Os significados das cores do Manekineko
Branco: Purificação
Preto: Proteção
Rosa: Amor
Tricolor: Muita sorte
Verde: Sorte nos estudos
Vermelho: Saúde
Dourado: Dinheiro

Gato da Sorte


Também conhecido como Gato da Sorte, Gato do Dinheiro ou da Boa Sorte é uma escultura asiática comum,que se crê trazer boa sorte ao seu dono. A escultura mostra um gato (tradicionalmente um Bobtail Japonês) a acenar com uma pata levantada, e é muitas vezes colocado – quase sempre à entrada – de lojas, restaurantes, salas de Pachinko (casa de jogos) e de outros negócios. No design das figuras, a pata direita levantada supostamente atrai dinheiro, enquanto uma pata esquerda levantada atrai clientes. Os Manekineko surgem com cores, estilos e graus de ornamentação diferentes.
O gesto do Manekineko que parece ser um convite, na verdade é o gesto de um gato limpando seu rosto.
O gato é um animal tão sensitivo, que pressente a chegada de uma pessoa ou a aproximação de chuva. Essas mudanças em sua rotina, o deixam inquieto. Então, ele começa a dar voltas ou esfregar seu rosto, pois esse tipo de comportamento tranqüiliza-o. Mas para um ser humano isso pode ser interpretado como “se o gato esfrega seu rosto, é sinal de chuva ou de visita”. Essa pode ser uma das origens da lenda do Manekineko.
Ele usa uma coleira vermelha com um sino. Isso é uma lembrança dos costumes do período Edo (1603 – 1867), quando o gato era um animal de estimação caro. As damas da corte agradavam seus gatos, colocando-lhes coleiras vermelhas, feitas de hi-chiri-men (tipo de tecido de luxo da época) e pequenos sinos para vigiá-los.
Geralmente o Manekineko segura um koban (uma moeda dourada do período Edo). Contudo, o koban real é de um ryo; o koban do manekineko é de dez milhões de ryo. Ou seja, a moeda fictícia é um símbolo de riqueza e prosperidade.
Como o gesto do gato esfregando seu rosto assemelha-se a um aceno, as pessoas começaram associar que, colocando a figura de um gato levantando uma pata dianteira, as pessoas viriam.

Bonsai



O Bonsai teve sua origem na China, acredita-se antes do século VIII , quando já era grande o interesse dos chineses por pedras decorativas e por manter em vasos árvores naturalmente miniaturizadas, que eram em sua grande influência da cultura chinesa, com uma forte expansão do Budismo. Foi portanto, nesse período, conhecido no Japão como período HEIAN, que o gosto por árvores em miniatura envasadas foi assimilado e começou a ser difundido naquele país.

Nos vários séculos que se seguiam, o cultivo de árvores envasadas consistia somente em coletar espécies miniaturizados na natureza e mantê-los em potes. Esses exemplares tinham grande valor e eram possuídos somente pelos nobres. A difusão do Zen, a partir do século XIII , viria a difundir mais ainda o gosto pelas árvores-miniatura envasadas, sendo que três séculos mais tarde se iniciaria a prática de trabalhar a forma e aspectos das árvores e, também, a miniaturização de um exemplar não miniaturizado.

A arte do bonsai começava realmente existir e foi no período da Renascença no Japão, que o Bonsai adquiriu definitivamente as suas características atuais.



Comida

Cozinha Japonesa


Gohan -arroz branco
Gyoza trouxinha _ recheado de carne e verdura
Hosomaki - enrolado de arroz envolvido por alga e recheado com diferentes tipos de ingredientes
Mirin - vinho de arroz doce
Misso Shiru- sopa à base de soja com queijo tofu, broto de feijão e cebolinha
Ohashi - palitinho usado como talher
Robata - espetinhos assados feitos com ingredientes diversos
Saquê - bebida alcoólica feita com arroz
Sashimi - peixe cru
Shabu-shabu - caldo com fatias de carne e vegetais
Shiitake - tipo de cogumelo grande
Shimeji - tipo de cogumelo menor
Shoyu - molho de soja
Sukiyaki - assado ou cozido com carnes e legumes
Sunomono - conservas com vinagre agridoce
Sushi - bolinho de arroz
Temaki - sushi enrolado em forma de cone
Tempurá - empanadas de legumes e frutos do mar
Teppan yaki - assado ou grelhado na chapa com ingredientes diversos
Teriyaki - carne ou peixe grelhado com molho agridoce
Tofu - queijo de soja
Udon - macarrão grosso e esbranquiçado, servido com ingredientes diversos
Uramaki - sushi cujo arroz fica para o lado de fora
Wasabi - raiz-forte
Yakisakana - peixe grelhado em posta
Yakisoba - macarrão frito com legumes
Yakitori - robata feita com frango


Wasabi (山葵)

É um tempero em pasta utilizado na culinária japonesa, feito da planta Wasabia japonica sendo cultivado nos frescos planaltos de Amagi, na península de Izu, Shizuoka, Hotaka e Nagano. A Wasabia japonica pertence à família das Brassicaceae, e é conhecida também como rabanete japonês ou wasábia.

Dorayaki

O Dorayaki é um tipo de panquequinha recheada com doce de feijão (anko) ou com creme.
Doraiaki de creme:

Massa

# 6 ovos
# 1 colher de sopa de manteiga
# 1 copo de açúcar
# 2 copos de farinha de trigo
# 1 colher de sopa de fermento em pó
# 1 copo de leite
#1 colher de chá de Mirin

Recheio de creme

# 3 gemas
# 1 lata de leite condensado
# 1 lata de leite
# 2 colheres de sopa de Maisena
# 1 colher de chá de essência de baunilha

MODO DE FAZER

Misture a margarina com as 3 gemas. Acrescente os demais ingredientes e misture bem. Finalize com as claras em neve apenas incorporando-as à massa (mexendo levemente para a massa ficar aerada).
Frite em uma frigideira pequena, bem quente e antiaderente como se fossem pequenas panquecas.
Para o recheio, leve todos os ingredientes ao fogo médio, mexendo sempre, até obter a consistência de um creme firme. Deixe esfriar.

Yakisoba de Carne


Ingredientes

* 100g de filé mignon em fatias bem finas
* 4 folhas de acelga cortadas em cubos
* 100g de brotos de feijão ( moyashi)
* 1 cenoura média cortada em diagonal bem fino
* 6 vagens cortadas em diagonal bem fino
* 3 flores de couve flor cortados em 5cm
* 5 flores de brócolis cortadas em 5 cm ( opcional)
* 1/3 de pacote de macarrão tipo chinês
* 250ml de caldo de frando ou fundo de frango ou caldo de frango em tabletes.
* 50 ml de shoyu
* 15 ml de sake
* 10g de Aji No Moto ( glutamato monossódico)
* 1 colher de sopa de hondashi (tempero a base de peixe)
* Pimenta do reino branca ao gosto
* 10 ml de óleo de gergelim torrado
* 50 ml de óleo de soja

Modo de preparo

1. Deve-se antes de refogar os legumes, refogar a carne até soltar o sangue e somente então colocar os legumes. A partir daí segue-se o mesmo processo do Yakissoba de legumes
2. Lave bem todos os legumes e vegetais e corte-as conforme a receita.
3. Cozinhe o macarrão chinês até ficar ao dente, escorra toda a água e reserve.
4. Aqueça o óleo de soja numa panela wok ou uma frigideira grande e frite o macarrão até ficar um pouco firme sem deixar queimar.
5. Retire o macarrão da frigideira e deixe o óleo escorrendo do macarrão numa assadeira, pegue este macarrão já seco e coloque numa travessa média.
6. Retorne o óleo de soja à frigideira e aqueça-o e refogue a carne até soltar o sangue e coloque todos os legumes menos o broto de feijão na frigideira e deixe refogar por alguns minutos até cozinhar.
7. A acelga, o brócolis e a cove-flor devem estar ao dente.
8. Acrescente o shoyu , o sake, o Aji No Moto e o hondashi tudo junto à frigideira e misture tudo.
9. Deixe refogar por 1 minuto e coloque o broto de feijão e deixe cozinhar por mais 1 minuto.
10. Adicione o óleo de gergelim e engrosse o molho com uma mistura de maisena e água a textura do molho deve ser cremosa e brilhante.

Sunomono


Salada de pepino japonês com kani

Ingredientes:

* 4 a 6 unidades de kani
* 1/2 pepino japonês cortado bem fino, em rodelas
* 1 colher de café gergelim torrado
* 1 colheres de sopa de vinagre de arroz
* 1 colher de sobremesa de açucar

Modo de preparo:

1. Corte o kani, igual ao pepino, mas com a espessura de mais ou menos meio centímetro.
2. Misture com o pepino cortado e misture também o gergelim.
Para o preparo do molho:
1. Dissolva, em fogo baixo, o açucar no vinagre, depois misture na salada, deixe o molho bem misturado.
2. Depois é só servir com shoyu a gosto.
Rendimento: 2 porções


Sembei - Biscoito Japonês

O Sembei é um biscoitinho japonês.
Receita:

3 colheres de sopa bem cheias de farinha de trigo
2 a 3 colheres de sopa de açúcar
3 colheres de Karo (glucose de milho) ou outro tipo de maltose
1 colher de sopa de amido de milho (maisena)
2 ovos
1 colher de água de flor de laranjeira

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes até obter uma massa bem homogênea. Em uma forma anti-aderente, coloque uma colher da massa e abra até ficar aproximadamente como a abertura de um copo (7a 8 cm de diâmetro). A massa não pode ficar grossa também!
Coloque os biscoitos em forno pré-aquecido e asse-os por uns 5 minutos (até ficar douradinho).

Mirin


Saquê branco licoroso utilizado na culinária japonesa. Ele é "primo" do
kirin, que também é um saquê utilizado para cozinhar. A diferença é que o mirin
é adocicado.

Vestuário

Kimonos
O Kimono mais freqüentemente encontrado é uma veste longa de seda. Entretanto, muitos dos modelos são mais curtos, chamados de “haori”. O kimono pode ser usado aberto, como uma roupa para a noite, ou amarrado com uma obi. É usado, tradicionalmente, sempre com o lado esquerdo sobre o direito. Somente na morte esta ordem se inverte. Todo kimono varia no comprimento e há modelos de seda para homens e mulheres, de rayon, sintéticos, de fibra, de linho e de lã.
A obi é a faixa que fica amarrada em torno de um kimono. Pode ser amarrada de maneiras simples ou muito elaboradas. Podendo ser bastante largas, algumas levam até meia hora para ser amarradas
Uma maneira de classificar os kimonos é pelo tipo da ocasião em que são utilizados.
O “
tomesode” é a veste cerimonial usada por mulheres casadas, possui o “mon” ou símbolo da família, e na parte inferior uma peça elaborada. É usado com uma obi que contém linhas de ouro ou de prata.
Uma maneira de classificar os kimonos é pelo tipo da ocasião em que são utilizados.
O “
tomesode” é a veste cerimonial usada por mulheres casadas, possui o “mon” ou símbolo da família, e na parte inferior uma peça elaborada. É usado com uma obi que contém linhas de ouro ou de prata.

O “uchikake”, conhecido geralmente como kimono de casamento, é um "sobrekimono", que vai aberto sobre o kimono da noiva. Incrivelmente ornamentados, são uma influência do período Kamakura (1185-1333).
O “uchikake” é igual ao “tomesode”, para uso em ocasiões cerimoniais. O “tomesode” ou “irosode”, tem o “mon”, e uma saia que é como o “tomesode”, mas com um fundo colorido. Também é usado por mulheres casadas, em festas e reuniões formais.

O “furisode” é para mulher solteira, sendo equivalente ao “irosode” para uma mulher casada. Os “furisode” são muito ornamentados, com pintura à mão, bordado de ouro etc. O comprimento da manga pode variar de 75 cm a 105 cm.


Obi


O Obi - 帯 é cinto japonês usado em volta do kimono ou yukata. São usados diferentemente dependendo da ocasião e são mais sofisticados quando usados por mulheres. Enquanto numa geisha o obi é atado atrás, nas costas, numa prostituta é atado à frente, sendo que a sua posição varia conforme o estado social da mulher que o usa.
Em sua maioria, quando usados com kimonos, são em tecidos brocados cheios de detalhes. Podendo ser cores fortes ou cores neutras, dependendo da ocasião e do tipo de kimono. Os usados com o Yukata, são mais simples, em tecido de algodão sem brocado, com cores solidas e se possuem estampas são simples e modestas.
Temos outras peças que complementam o uso do Obi, e que costituem o traje completo tradicional
Obiage - 帯揚げ nada mais é que laço de seda que ajuda a fixar o obi e esconde o acolchoado que auxilia no volume das costas
Obijime - 帯締め é uma especie de cordão de seda trabalhado usado para prender o obi. Existindo de diversas cores e de diversar formas.
Obi-ita - 帯板 é uma fina placa rígida que ajuda a manter um Obi no lugar e impedir que enrugue ao utiliza-lo. É usado por baixo da segunda camada do Obi, após a segunda volta em torno do corpo.Existem versões mais modernas que possuem elásticos para seu melhor manuseio.
Koshi himo - 腰纽 são finas faixas que são amarradas conforme se veste o todas as partes do kimono, para assim mante-las no lugar enquanto se veste, também impede de se mover durante o uso, mantendo todas as partes do kimono no lugar.



Karankoron



É a onomatopéia para o som do geta ao andar. O som é importante no Japão, e ele invoca sentimentos especiais em diferentes pessoas.
Sem o som, não é possível pensar em um geta. Para muitos japoneses, o som do calçado é algo que faz parte da sua vida cotidiana.

O geta é um estilo de sandália japonesa tradicional, com sola de madeira lisa, hanao (tira) entre os dedos em “V”, e o solado fica sobre uma ou duas plataformas de madeira. Essas plataformas são chamadas de ha (dente), e a sola da sandália normalmente é retangular, com as tiras centralizadas. Assim, as sandálias são idênticas, não importando o lado dos pés. As tiras de alguns modelos cobrem os dedos, para protegê-los. Utilizado no dia-a-dia, tem cerca de 5 cm de altura e é chamado, às vezes, de ashida, ou de sandálias para a chuva, mais comumente usadas pelos homens. Os mais altos são utilizados, por exemplo, por sushimen, para manterem seus pés longe do contato com possíveis restos de peixes que caiam no chão ao preparar o sushi.

Tabi - 足袋, Jika-tabi - 地下足袋 Tabi - 足袋


São meias de algodão na altura dos tornozelos ou metade das canelas, com divisão para o dedão do pé, com abertura voltada para o lado entre as pernas. Eles são usados tanto por homens como por mulheres com Zori, Geta.
Tabi são usados com Kimonos e qualquer outro tipo de traje tradicional. A cor mais comum do tabi é branca, que são usadas em situações formais como em cerimônias do chá.
A cor mais comum do tabi é branca, que são usadas em situações formais como em cerimônias do chá. Os homens costumam às vezes usam tabi azul ou preto para viajar, também usado por mulheres, entretanto eles possuem mais popularidade entre homens.
Os trabalhadores de construção, fazendeiros e jardineiros e outros tipos de trabalhadores usam freqüentemente um tipo de tabi chamado jika-tabi - 地下足袋.
Feito de material mais pesado, mais duro e solas de borracha, jika-tabi se assemelham a botas e funcionam como calçado para uso em local externos ou internos.
Assim como o tabi tem a divisão para o dedão do pé, e são fechadas atras para poderem ser usadas como meias também com qualquer tipo de sapato.


Zori - 草履



As sandálias Zori - 草履 possuem solado plano e não têm plataformas. São de palha ou de madeira envernizada, que podem ser usadas tanto por homens quanto por mulheres.
O calçado feito de palha de arroz, é considerado o mais popular no dia-a-dia. É chamado de tatami Zori , sua superfície é feita de palha entrelaçada como nos conhecidos tatames das casas japonesas.
O zori trabalhado é usado em ocasiões formais com o kimono. Essas sandálias com vinil são menos formais e são mais populares para o uso com o Yukata. Há ainda a confecção com detalhes brilhantes.
Ao contrário do geta, o zori possui uma parte acolchoada na região do calcanhar.
Para os homens, as sandálias são mais quadradas e, para as mulheres, mais
arredondadas.

Kimono Masculino



O kimono masculino consiste numa peça de seda escura. É mais curto do que o feminino para facilitar o movimento. Sob o kimono usam-se a hakama pelo tornozelo e um casaco largo, comprido e liso. A insignia da familia está bordada a branco.
O típico kimono masculino é de uma cor apenas, subjulgado a tons escuro; preto, azul escuro, verdes e castanhos .
Pode até durar anos ou várias gerações - é feito num formato único e não ao tamanho de cada corpo, sendo ajustado ao vestir.


O hakama, calças largas que se estendem para os lados, era utilizado apenas por eles. É que, além de servir para esconder os pés do lutador e impedir que o inimigo conhecesse seus movimentos, cada prega do hakama simboliza uma das sete virtudes que um samurai deve ter: a honestidade, a lealdade, a coragem, a perseverança, a benevolência, a compaixão e a sinceridade. Por isso só um samurai de verdade poderia utilizá-lo.